quarta-feira, 2 de maio de 2012

A equação do campeonato - parte III

Ainda sobre o campeonato, e ainda sobre o post A equação do campeonato, queria acrescentar algo que referi levemente nesse texto, mas que agora gostaria de aprofundar um pouco mais: a comunicação do Benfica.

Num campeonato como o nosso, onde o campeão não se decide apenas dentro do campo, a forma como lidamos com as pressões externas, com as expectativas dos adeptos e ainda, a forma como respondemos em público aos sucessivos erros da arbitragem, têm obrigatoriamente algum peso nas contas finais. E também aí penso que o Benfica revela muito amadorismo e ingenuidade. Começando pelo presidente. Esteve calado a maior parte da época, bem, mas agora que muitas dúvidas e especulações aparecem, fica calado e completamente fora de cena. Continuando com JJ, e a sua lendária basófia. Esta tem de ser controlada, tanto por ele, como por quem está acima dele. Muitas declarações, principalmente a partir de Janeiro, foram achas deitadas que apenas serviram para motivar adversários. Por fim, o departamento de comunicação. Quem tem a função de gerir tudo isto, não acautelou todas estas situações, tendo ainda responsabilidades em confusões como a tal situação de Manuel Sérgio.

Relativamente às arbitragens, falámos pouco e tarde. O Porto aí sabe fazer muito melhor. Escolhem um jogo em que perdem, mesmo que não haja razões reais (vide Gil Vicente - Porto), e faz um banzé enorme. Ainda me lembro no ano passado, no jogo em que eles venceram o campeonato em nossa casa, e onde fomos prejudicados. Pois bem, passados uns dias aparece aquela rábula dos 15 erros. Uns dias depois, 2ª mão da Taça de Portugal, e fomos novamente, e aí bem mais, prejudicados, acabando por ser eliminados em casa pelo Porto. Isto chama-se condicionar o árbitro. Nós vamos deixando andar, e apenas ao 4º ou 5º jogo a ser prejudicado é que falamos. E entretanto, o título voou...

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